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Relações genuínas: a assertividade tem algo a dizer!

Em todos os âmbitos das relações humanas, sentimos “na pele” o que é não saber se posicionar diante de situações conflituosas, quer seja no trabalho, na escola ou nas relações familiares. Sofremos as consequências de muitos comportamentos que inicialmente supúnhamos que seriam os melhores a serem tomados numa determinada situação, mas que, após certos acontecimentos, verificamos que foram inadequados, produzindo comprometimentos na qualidade de nossos relacionamentos, bem como na nossa própria saúde, já que ficamos ansiosos, preocupados e com uma quantidade de sensações incômodas.

Ao perceber que estamos enfrentando situações mais difíceis e complexas, cada um de nós tem ações diferentes, baseadas no que aprendemos ao longo da nossa vida e que estão diretamente relacionadas com nossos valores e crenças. 

O comportamento que torna a pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, a se afirmar sem ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem constrangimento ou a exercitar seus próprios direitos, assegurando o respeito pelo outro ser humano que está implicado nessa relação, é denominado de comportamento assertivo. A pessoa, nesse caso, expressa os sentimentos e pensamentos tidos, almejando alcançar objetivos elencados como importantes, mas que não estejam comprometendo ou ferindo outra pessoa.

No caso de fazermos uso de palavras ofensivas, com um tom de voz alterado e com o alcance dos objetivos almejados, mas à custa dos outros, magoando-os e humilhando-os, produzindo um rebaixamento do receptor de nosso discurso, temos a apresentação de um comportamento agressivo.

Numa terceira opção, faz-se possível o uso de comportamento não assertivo na convivência com os demais, o qual estaria relacionado com a negação de si próprio, inibições, permissões de que outras pessoas façam escolhas, enquanto, na verdade, escolheríamos outra opção. 

Com tais ações, pode-se produzir uma baixa autoestima, uma depreciação de quem emite a resposta no discurso, uma raiva ou culpa em quem está envolvido nessa interação e um distanciamento do objetivo a ser alcançado. À medida que vivenciamos nossas relações e, a partir das informações sobre Assertividade, podemos nos questionar acerca da autenticidade dos nossos relacionamentos, da sinceridade com a qual construímos os mesmos, estando esta diretamente vinculada com o autoconceito que temos ou a autoestima.

Fazer-se autêntico, sincero, responsável pelas ações que empreendemos no mundo são comportamentos que podem diminuir a ocorrência de inúmeros problemas psicológicos, bem como a ansiedade presente em determinadas situações, como as existentes nas escolas, nos ambientes de trabalho e nas relações afetivas. Uma pessoa assertiva é respeitadora dos direitos alheios, flexível e aberta, sem, contudo, ter medo de expressar seus sentimentos e necessidades, adquirindo um controle maior de si mesma nas relações interpessoais. Para isso, o autoconhecimento é indispensável! 


Descreva, para si mesmo, as relações que você empreende nas diferentes esferas de sua vida.

Avalie: Quem domina nestas relações específicas? Você facilmente tira vantagem ao lidar com os outros? Expressa seus sentimentos e ideias na maior parte das circunstâncias? Tira vantagem e/ou fere os outros frequentemente? Sem fazer uso de “fórmulas prontas e frases feitas”, ser assertivo requer uma observação da história pessoal e das circunstâncias com as quais interagimos.

Percebendo que a asserção possibilita tanto para o emissor, quanto para o receptor, o alcance de seus objetivos, vê-se que a assertividade aponta para a possibilidade de autovalorização e construção de relações mais genuínas!!!