Artigos e notícias

Gratidão.

Gratidão

Varias pesquisas tem sido feitas ao redor do mundo sobre o efeito do comportamento de demonstrar gratidão, e o resultado é surpreendente. Ser grato pelas pequenas coisas da vida pode causar muitas mudanças, inclusive cerebrais. Algumas pesquisas descrevem a diminuição do relato de ansiedade, depressão e até de agressividade. Vou contar algumas pesquisas e seus efeitos.

Um recente experimento na Universidade de Kentucky consistia de fazer uma redação, onde alguns alunos receberam elogios e outros uma avaliação cruel: “Esta é uma das piores redações que já li.” Depois cada aluno jogou um jogo de computador contra a pessoa que havia feito avaliação. O ganhador do jogo poderia administrar uma descarga de barulho contra o perdedor. O resultado foi que os redatores insultados retaliaram os avaliadores com descargas de barulho especialmente altas, muito mais altas do que os alunos que receberam avaliações de aprovação. Porém houve uma exceção nesta tendência. Teve um subgrupo de alunos que foram instruídos a escrever redações sobre coisas pelas quais eram gratos. Estes alunos não se sentiram incomodados pela critica negativa ou pelo menos não se sentiram compelidos a aumentar o barulho contra os críticos. Os autores da pesquisa concluem que experimentar a gratidão aumenta a empatia e diminui a agressividade e isto vai além de sentir-se bem.

Outra pesquisa agora da Universidade de Indiana relatou que após poucos meses exercitando gratidão por meio da escrita, a pessoa apresenta maior probabilidade de ser grato. E trás muitos benefícios. Nesta pesquisa foram chamados voluntários para a terapia para tratar depressão e problemas relacionados com ansiedade. Todos foram recrutados para terapia em grupo semanal e somente 22 foram chamados para a “sessão de gratidão”, onde no inicio da sessão escreveriam cartas onde revelavam gratidão pelo destinatário, podendo optar de enviar ou não a carta. O outro grupo não faria o exercício. Após três meses todos passaram por escaneamento cerebral onde eram exibidos simultaneamente fotos de pessoas que em tese doariam dinheiro para à pesquisa e os participantes precisavam agradecer a eles pelo investimento, enquanto o cérebro era examinado. O teste evidenciou que quem escreveu as cartas demonstrou mais atividade cerebral nas áreas relacionadas à gratidão. Os pesquisadores destacam que ações de se colocar no lugar e demonstrar empatia não reverberam da mesma forma no cérebro. Analisaram que demonstrar gratidão e exercitar a gratidão através da escrita é mais duradouro, ou seja, três meses após era como se o cérebro “lembrasse” do comportamento carinhoso.

Os pesquisadores concluíram neste experimento que quanto mais se praticar o comportamento de ser grato haverá maior probabilidade de voltar a senti-la no futuro, e que na pesquisa implicou em diminuição dos sintomas da depressão e ansiedade.

Considero estas pesquisas sobre o efeito de se sentir grato são ainda insipientes. Quero convida-los para uma experiência. Vamos ser pesquisadores? Gostaria de propor um experimento entre nós. Façamos o exercício de escrever, na agenda ou em um caderno, três vezes por semana de modo intercalado, e durante três semanas, uma lista de 5 coisas pelos quais você é grato(a). Depois me escreva e relate o que você percebeu. Vamos espalhar gratidão por ai? #gratidão

Ma. Simone Oliani